sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Você conhece Mucuri? NÃO! sorte sua.

Olá cidadãs criaturas.

Eu tomei a decisão de viver numa cidade pequena pelas vantagens referentes a segurança pensando exclusivamente na qualidade de vida de uma criança, afinal se eu podia dar uma vida tranquila para meu filho por que fazê-lo crescer na loucura de São Paulo (que eu adooooro).
Não me arrependo nem um minuto, meu filho teve uma infância e vive uma adolescência como qualquer garoto merece, compensei a falta de cinema, teatro com livros, filmes e as viagens sempre aproveitadas com qualidade.


Só fiz essa introdução para mostrar que não é só isso, em cidades como Mucuri as pessoas não estão acostumadas com leis, o município vive exclusivamente dos impostos de uma grandes indústria instalada no local e as administrações públicas só tem um interesse, embolsar essa grana indiscriminadamente e dar umas festas podres onde a população, que está acostumada a viver de migalhas da prefeitura, aproveita pra vender latinhas e sanduiches na praia e só, eles acreditam que isso é o que um prefeito faz, mas como nunca saíram daqui pra poder comparar, fica por isso mesmo.

Desde que me mudei da vila industrial, onde vivem os funcionários dessa grande empresa e passei a morar no centro da cidade eu pude vivenciar o grau de ignorância dessas pessoas no que se trata de respeito ao próximo, educação e leis. (exemplo nesse post)

Eu sou a única pessoa aqui que faz BO de perturbação do silêncio e sabe por que? os moradores usam um argumento que merece ser tema de tese de sociologia "A GENTE NUM RECLAMA POR QUE QUANDO FOR A NOSSA VEZ DE FAZER BARULHO NINGUÉM PODE FALAR NADA", vou traduzir: "nós permitimos ser desrespeitados para poder desrespeitar quando bem entendermos", a primeira vez que ouvi isso eu me dei conta que teria que me mudar daqui, não tem como argumentar com tanta estupidez mas, filho na escola, responsabilidades com trabalhos e a famigerada falta de grana estavam me impedindo (até ontem, já estou procurando casa pra me mudar).

Bom, mas contei essa história toda para mostrar meu novo combate, depois das igrejas infernais, do dono do restaurante que ameaçou "dar uma porrada" minha cara pois já era a segunda vez que eu reclamara do barulho dos carros dos clientes dele veio a vez do tal carioca, fazendo questão de dizer que estava chegando do RJ, talvez para mostrar que era traficante, que era o novo dono da área, não sei, mas chegou, montou um bar em local privilegiado na cidade e colocou um aparelho de som equipado com subwoofers direcionado pra onde? sim, pra minha casa. É isso gente, o som do cara não é para os clientes dele, é para a rua, os graves vibram as paredes do prédio por mais baixo que esteja o volume.

Não acham uma delícia, a qualquer hora do dia ou da noite (na última quarta-feira eram 2 horas da madrugada e o "batidão" martelava minha cabeça vibrando a perede do meu quarto) o Sr. carioca liga o som dele.
o bar vazio, 2 da manhã em uma quarta-feira e o som ligado
Sim, fiz todo procedimento padrão, quase nunca solicitado para as autoridades locais: 1-reclamação para PM , 2- reclamação para a PM em um outro dia, desta vez a PM fez com que o som fosse desligado. 3- Registro do Boletim de Ocorrência para minha própria segurança. 4-denúncia ao SAC da prefeitura para verificação de alvará e adequação da sonorização. 5- Denúncia ao Promotor de justiça, munida de cópias de todos os protocolos já realizados.

Podem perguntar, mas se você vai se mudar pra que tanto trabalho? Por que eu preciso estar viva pra me mudar, se eu tiver que passar mais de um mês com as paredes da minha casa vibrando eu terei um surto psicótico.

Estou sobrevivendo aqui @GlauciaMantoan

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